O Governo do Pernambuco (PE) informou nesta segunda-feira (29), que já identificou 14 comerciantes que agrediram o casal Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, de Tangará da Serra (MT), no sábado (27), em Porto de Galinhas. Segundo o Estado, os suspeitos serão indiciados.
O caso ocorreu após o casal se recusar a pagar um aumento não informado no valor cobrado pelo uso das cadeiras de praia (assista abaixo).
Conforme a nota, o governo de pernambucano fez uma reunião nesta manhã com a participação da Secretaria de Defesa Social, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Procon) e da Prefeitura de Ipojuca, onde fica a praia de Porto de Galinhas.
O Estado destacou que o ordenamento e a fiscalização do comércio são atribuições do município, mas acompanha de perto a situação.
“Pernambuco abraça o turista e não admitirá qualquer forma de violência”, diz trecho da nota.
O casal iria ficar na cidade até o dia 6 de janeiro, mas decidiram encerrar a viagem e já devem retornar ainda nesta segunda-feira.
O caso
Segundo os empresários, eles chegaram à praia pela manhã e foram abordados por um barraqueiro que ofereceu o uso de cadeiras mediante pagamento de R$ 50, valor que seria isento caso houvesse consumo de petiscos. Durante a permanência no local, os turistas afirmaram ter consumido bebidas, mas, ao pedir a conta no fim da tarde, foram surpreendidos com a cobrança de R$ 80 pelas cadeiras, sem aviso.
Ao questionar a mudança no valor e se recusar a pagar o preço maior, um dos turistas relata ter sido atacado com uma cadeira, atingido no rosto e derrubado na areia. Em seguida, outros comerciantes teriam se juntado às agressões. O companheiro conseguiu se afastar para pedir ajuda, enquanto o outro continuou sendo agredido, inclusive com chutes, segundo o relato.
Guarda-vidas civis intervieram e ajudaram a retirar o casal da área das barracas. Mesmo após a retirada, as agressões teriam continuado por alguns instantes. Os turistas foram levados à Delegacia de Porto de Galinhas, mas, devido aos ferimentos, precisaram buscar atendimento médico antes de registrar o boletim de ocorrência.
A polícia local informou que está investigando o caso com prioridade para identificar todos os suspeitos. Confira o depoimento abaixo:
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Ipojuca repudiou e lamentou o episódio ocorrido em Porto de Galinhas.
“Trata-se de um fato grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade que norteiam o destino. Os órgãos competentes já apuraram o ocorrido para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis”.
A prefeitura ressaltou a ação rápida das equipes de salva-vidas e da Guarda Municipal que prestaram apoio ao casal e disse que a gestão realiza trabalho contínuo de ordenamento da orla. Segundo a nota, nos últimos meses, foram intensificadas ações integradas de fiscalização e organização turística, incluindo o recadastramento de ambulantes, remoção com barricagem e a entrega de crachás de identificação com QR Code.
“A Prefeitura reafirma seu compromisso com um turismo responsável, seguro e organizado, e seguirá atuando de forma integrada para preservar Porto de Galinhas como um destino acolhedor para moradores, trabalhadores e visitantes”, finaliza a nota.