Reza a lenda que numa certa repartição pública, surgiu uma nova líder autoproclamada “coach de transformação social”. Fala bonito, gesticula muito e vive repetindo frases de efeito como se o problema do mundo fosse apenas “falta de vibração positiva”.
A dona acredita que coordenação se faz com discurso de palco e que planejar é só escolher uma cor bonita pro banner. O resultado? Campanhas de arrecadação que dão menos retorno que rifa de fim de festa, ações que empolgam só na cabeça dela e uma equipe que já aprendeu a correr no primeiro sinal de “reunião motivacional”.
E não é por falta de pesquisa, não. Dizem que ela anda fazendo turismo administrativo, vai nos municípios vizinhos, tira foto, faz anotações, volta empolgada… e tudo continua do mesmo jeito. Porque o problema não é a falta de exemplo. É a falta de autocrítica.
Enquanto isso, quem trabalha de verdade anda suspirando pelos tempos em que a pasta tinha comando firme, gente de ação e resultado concreto. Hoje, o clima é outro: mais palestra do que prática, mais ego do que entrega, e cada vez mais gostando menos de gente.
E no fim das contas, o que todo mundo comenta é que, se ela quer realmente dar um bom exemplo, podia começar com um ato de coragem e lucidez: se tocar e pedir pra sair. Lá precisa de gente que gosta de gente.