A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem mantido duas imagens distintas nas redes sociais. Em seu perfil pessoal, mostra-se discreta e caseira, enquanto o Instagram do PL Mulher, que ela preside, apresenta uma líder política com projeção nacional e potencial candidatura em 2026.
A dualidade ocorre em meio a movimentos políticos concretos. Michelle transferiu seu título de eleitor para o Distrito Federal, o que a mantém elegível tanto para concorrer ao Senado quanto para uma disputa presidencial.
Nas redes pessoais, a imagem de “recatada e do lar” é cuidadosamente construída. Michelle costuma compartilhar momentos religiosos e domésticos, como registros de cultos realizados na casa dos Bolsonaros e até cenas simples do dia a dia. Em uma das postagens, ela aparece cortando alho para preparar o arroz do marido.
Já o perfil oficial do PL Mulher adota tom político. Nas publicações, Michelle é tratada como alternativa real ao Planalto, exibida em postagens com frases e imagens que sugerem liderança e influência nacional.
O tom das redes do partido reforça a estratégia de construir uma figura pública de maior alcance. O perfil funciona como um “LinkedIn político” da ex-primeira-dama, destacando seu capital eleitoral e apoio crescente dentro da direita.
Em publicações recentes, o PL Mulher deu visibilidade à possibilidade de Michelle disputar a Presidência. “Michelle fala em concorrer à Presidência em 2026”, dizia o print de uma reportagem reproduzida no perfil.
Outras postagens destacaram que setores do centrão avaliam apoiar Michelle, ao lado de nomes como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ratinho Jr (Paraná). A estratégia, segundo dirigentes do PL, é consolidar sua imagem como uma opção viável e popular dentro do campo conservador.