O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João Filho de Almeida Portela, perdoou a punição contra o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário Pedro Nadaf pela cobrança de R$ 1,9 milhão em propina para conceder benefício fiscal.
O dinheiro teria sido pago pelas empresas Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. e Nortão Industrial de Alimentos Ltda. ao grupo de Silval Barbosa, na época que ele exercia o cargo de govenador, em troca de isenção ou redução impostos.
Silval Barbosa, Pedro Nadaf, Marcelo Souza de Cursi, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, todos agentes públicos na época dos fatos investigados, eram acusados no processo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso foi investigado na Operação Sodoma de 2015.
Ao conceder o perdão judicial, o juiz João Filho de Almeida Portela disse que Silval Barbosa assinou um acordo de delação premiada que teria ajudado a polícia a aprofundar a apuração de outros crimes ocorridos também durante seu próprio mandato.
O perdão se estende aos empresários Antônio da Cunha Barbosa, irmão do ex-governador, e Milton Luiz Bellicanta. O ex-secretário de Estado Marcel de Cursi e procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho foram absolvidos das acusações.