Nos últimos tempos, a baixada Cuiabana tem testemunhado a chegada de figuras poderosas e místicas vindas de outras dimensões. Além dos três deuses já estabelecidos, agora os semideuses também começam a se apresentar, trazendo consigo novas promessas, habilidades e influências. Prova disso é a volta do deus que habita no “nordeste”, e o semi deus que chegará para “fiscalizar a fiscalização”. Esse fenômeno, embora envolto em mistério, parece seguir um velho ditado popular: “Santo de casa não faz milagre.”
De fato, muitas vezes os heróis locais acabam sendo subestimados, enquanto figuras externas despertam maior fascínio e confiança. No entanto, é preciso lembrar que a sabedoria e a força dos “santos de casa” têm raízes profundas e não podem ser esquecidas. Afinal, a história mostra que, mesmo quando ofuscados por novas presenças, os talentos locais possuem o poder de ressurgir com ainda mais força e relevância.
E é exatamente isso que parece estar se desenhando no horizonte. Embora hoje o foco esteja nas novas entidades que chegam com promessas de mudanças e feitos extraordinários, os “santos de casa” — aqueles que já conhecem a terra, o povo e suas necessidades — serão lembrados. Daqui a dois anos, sua presença e importância se tornarão ainda mais evidentes, quando o ciclo atual se renovar e a sabedoria daqueles que sempre estiveram ao lado da comunidade se mostrar essencial.
O futuro reserva um equilíbrio entre o novo e o tradicional. Enquanto os semideuses tentam conquistar seu espaço, os verdadeiros guardiões da terra, os santos de casa, certamente não serão esquecidos. Afinal, a conexão com o povo, a história e os valores locais não podem ser importados — eles nascem e florescem no coração de quem pertence a esse chão.