Federações que representam setores econômicos em Mato Grosso devem apoiar a declaração do governador Mauro Mendes de boicotar empresas francesas instaladas em Mato Grosso.
O presidente da Federação de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), empresário José Wenceslau Junior, diz que o comércio e a indústria entendem o posicionamento e concordam que seja adotada uma atitude recíproca.
“É muito prático para a Europa boicotar nossos commodities e daqui dentro do Brasil, de Mato Grosso, levam o nosso dinheiro transformado em euro. Nós também apoiamos o boicote de empresas estrangeiras francesas”, disse.
O governador Mauro Mendes publicou na quinta-feira (21) um vídeo em redes sociais sugerindo o boicote ao grupo Carrefour, dono das lojas Atacadão no Brasil. A proposta é uma reação à suspensão da compra de carne bovina do Brasil e outros países da América do Sul.
Segundo José Wenceslau, o boicote pode ser sentido mais pelos franceses do que pelos brasileiros. A importação da França dos produtos nacionais representaria 1% das vendas estrangeiras do Brasil, enquanto o consumo brasileiro de produtos franceses é bem superior.
Ainda segundo José Wenceslau, a Fecomércio, a Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso) e a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) devem publicar na próxima semana uma nota com seus posicionamentos. A Famato já repudiou oficialmente a suspensão do Carrefour.